sábado, 24 de abril de 2010

Dias 19 a 23/04/10 – San Pedro de Atacama (Lagunas Misticati e Miñiques , Salar Aguas Calientes e Geisers de Tatio) e Quebrada de Humahuaca

No dia 19 resolvemos conhecer as atrações turísticas que ficam a sudeste de San Pedro de Atacama. A 120km ficam as lagoas Misticati e Miñiques. São chamadas também de Lagunas Altiplanicas por estarem em uma planície a 4.200m de altitude. São lagoas azuis de águas translúcidas, no meio do deserto, rodeadas por vulcões e morros, com vários animais (vicuñas e pássaros).





Continuando no sentido da fronteira com a Argentina, 40 km à frente, fica o Salar de Talar, também conhecido como Salar de Águas Calientes, um cenário de filme criado em Photoshop. É um salar cortado por uma lagoa, rodeado por morros multicoloridos. Um dos morros é coberto por uma fina camada de material branco, parece esfumaçado.







No fim do dia fomos às Lagunas Cejar, que ficam no Salar do Atacama, o maior do Chile. Em uma das lagoas é possível nadar. O interessante desta laguna é que tem alta salinidade e boiamos o tempo todo, como no Mar Morto. Após o banho de sal, tivemos que nos lavar com água doce. Entramos de chinelo para não cortar os pés e o mais legal é que não precisamos nos preocupar, pois se saíssem do pé, boiariam.
A região é repleta de atrações turísticas, mas visitamos somente as mais atrativas. No caminho passamos por 2 povoados com menos de 500 habitantes.











No dia 20 fomos para a região norte de San Pedro de Atacama. A atração do local são os Geisers de Tátio, que ficam a 100 km da cidade, em um caminho de terra em péssimas condições. Optamos ir de excursão saindo às 4h da manhã e chegando ao local às 7h. O lençol freático é aquecido pelo magma que fica a 8km de profundidade, fervendo a água a 85ºC, borbulhando, jorrando água e vapor por buracos no solo, um verdadeiro espetáculo. A atividade acontece enquanto a temperatura ambiente é baixa (-5ºC a 4600m de altitude), mais ou menos até 8h da manhã. Com o aparecimento do sol e aumento da temperatura, a atividade vai diminuindo e somente algumas “fumarolas” permanecem o dia todo.
Há um geiser chamado de morte, antigamente 6 pessoas caíram dentro dele, em momentos distintos. A superfície exposta é enorme e há uma ponte dividindo o mesmo e os turistas mais curiosos, objetivando uma melhor foto, perdiam o equilíbrio e caíram na água fervente, pior que filme de terror. Hoje há barreiras para impedir a aproximação dos turistas mais curiosos.
Tomamos banho em um poço de águas termais nas proximidades do local. Um festival de “bunda de fora” dos turistas europeus que consideram normal a troca de roupa em frente às outras pessoas. Fomos vestidos com roupas de banho e casacos para -5ºC.
Na volta passamos pelo povoado de Machuca, lá vivem 40 pessoas e somente 7 permanecem o ano todo no local, os demais vão à cidade para estudar. Chegamos na cidade às 13h e a tarde descansamos.
















No dia 21 iríamos conhecer o Salar de Uyuni na Bolívia, mas devido a um protesto que estava acontecendo na rodovia entre Potosi e a fronteira com o Chile, resolvemos deixar para depois. A decisão foi acertadíssima, pois 90 turistas foram retidos pelos protestantes no dia 20. Cruzamos a fronteira com a Argentina pelo “Paso de Jama”. Ainda no Chile, passamos pelo vulcão Licancabur e subimos uma serra a 4.600m de altitude. Já na Argentina passamos pelo Salar Grande, um deserto de sal, absolutamente branco com sensação de infinito. Descemos uma serra na “Quebrada de Humahuaca”, um espetáculo de cores e formas dos morros, em um desnível de 2.000m. Dormimos em San Salvador de Jujuy.

















No dia 22 continuamos a percorrer a quebrada e conhecemos as cidades de Maimará, Humahuaca e Tilcara, onde terminamos o dia e dormimos. As cidades parecem perdidas no tempo, habitadas por índios, com forte influência da cultura aborígine e inca. Apesar de parecerem perdidas no tempo são charmosas, com hotéis e restaurantes aconchegantes. A comida mudou bastante, a base de quinua, milho, batatas andinas e carne de lhama. Parecemos ETs, todos nos olham com ar de desconfiança e curiosidade.













No dia 23 ficamos em Tilcara e conhecemos a Pucara de Tilcara, que são ruínas de uma população pré-hispânica construídas em uma encosta com paredes de pedra e teos de bambu, cactos e barro. Há uma igreja, um monumento em homenagem aos arqueólogos, as casas com portas e pé direito muito baixos, curral e uma área de sepulcros. No local também conhecemos o jardim botânico de altura.



















cintiaschultz@yahoo.com.br
flbaguiar@yahoo.com.br

2 comentários:

  1. tá uma delícia o sabor dessa viagem, agora bem temperadinha! saudade.

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  2. Oi Casal.

    Isso tá muito chato ................
    Que invejinha rsrsssrsrsrs

    Saudades

    Beijos mil

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