segunda-feira, 31 de maio de 2010

Dias 29 e 30/05/10 – Linhas de Nazca e Oásis Huacachina

No dia 29 viajamos o dia todo para Nazca. Rodamos quinhentos quilômetros em oito horas e próximo a Nazca pegamos uma serra repleta de curvas fechadas, sem visibilidade, estreita e muito perigosa. Nos deparamos com caminhões fazendo curva na contramão por muitas vezes. Nesta noite fomos ao Planetário Maria Reiche onde tivemos uma palestra sobre as diversas teorias existentes da Linha de Nazca e fizemos observações do céu do Peru.



No dia 30 sobrevoamos a região do deserto próximo à cidade com Cessna de 4 lugares, onde ficam as Linhas de Nazca. São linhas feitas pela civilização Nazca, em 800 anos de sua existência, ocupando 150 km2, com quatorze desenhos, várias linhas e figuras geométricas. A alemã Maria Reiche estudou a região por cinqüenta anos, fez correlações entre as figuras e a astronomia e constatou que as linhas e figuras foram criadas com o objetivo de evocar água para a região desértica, que sempre foi muito seca. Acredita-se que eles faziam rituais sobre os desenhos e linhas pedindo água. Também, há linhas que indicam os solstícios de inverno e verão.



O astronauta


O colibri (beija-flor)


A árvore


À tarde visitamos os Aquedutos Cantayoc, que são poços interligados, construídos em forma de caracol, para se ter acesso ao lençol freático e possibilitar a irrigação das lavouras locais. Foram construídos pelos Nazcas e continuam em funcionamento até hoje.





Depois seguimos para a cidade de Ica, no meio do deserto, onde fica o Oásis de Huacachina. Trata-se de uma laguna rodeada de vegetação e dunas, um verdadeiro paraíso no meio de tamanha aridez.











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sexta-feira, 28 de maio de 2010

Dias 23, 24, 25, 26, 27 e 28/05/10 – Arequipa, Cusco e MACHU PICCHU

Todo domingo na Praça de Armas em Arequipa há o hasteamento da bandeira Peruana e Arequipenha, com desfile de representantes de classe. Foi bonito ver o orgulho com que o povo, reunido ao redor da praça, assistia ao evento. A cidade parou para assistir o desfile e cantar os hinos. Durante o dia 23 viajamos o dia todo para Cusco e chegamos à noite.



Nos dias 24 e 25 ficamos na cidade de Cusco e visitamos algumas ruínas no entorno da cidade. Na tarde do dia 25 conhecemos Qoricancha, Saqsayhuman, Qenqo, Puca Pucara e Tambomanchay. À noite vimos uma procissão de um colégio católico objetivando abençoar as crianças, foi muito interessante ver as crianças na procissão.

















No dia 26 iniciamos o trajeto à Machu Picchu, passando pelo Vale Sagrado no caminho entre a cidade de Cusco e o trem para Machu Picchu. Conhecemos Pisaq e Ollantaytambo. Todas as ruínas são construções grandiosas feitas em pedras, com finalidades diferentes como palácio do rei, casas do povo, terraças de agricultura, templos sagrados, ... Muitas delas foram construídas em lugares altos para ficarem próximos aos Deuses ou estrategicamente implantadas entre junções de vales. Os blocos de pedra se encaixam perfeitamente devido ao intenso polimento.











Crianças vestidas com traje típico para tirar fotos com turistas em troca de dinheiro


Devido às chuvas de janeiro e fevereiro a linha do trem foi interrompida por desabamentos. Na estação de Ollantaytambo é necessário pegar uma van, fornecida pela própria concessionária, num percurso de trinta minutos e depois o trem por mais uma hora e meia. Chegamos em Machu Picchu às onze da noite.
No dia seguinte o nosso objetivo foi subir o Wayna Picchu, que é uma montanha na frente de Machu Picchu, onde é possível ter uma vista panorâmica de toda a região. Para isto, acordamos às 4:30h, pagamos o primeiro ônibus e chegamos na entrada do local às 5:45h. Felizmente conseguimos as senhas de números 317 e 318 na turma das sete horas. São disponíveis somente 400 vagas em dois horários de subida, às sete e dez da manhã.
Contratamos um tour guiado privado por Machu Picchu e entre 6h e 7:30h conhecemos as ruínas e os templos mais importantes, foi ótimo, neste horário não haviam muitas pessoas. Por dia visitam o local aproximadamente 2.500 pessoas das quais 250 chegam a pé pelo caminho Inca (Ollantaytambo a Machu Picchu) que dura de 3 a 4 dias em passagens estreitas, beirando penhascos.









As 8h entramos no caminho de Wayna Picchu, subindo degraus até o topo da montanha e em caminhos muito estreitos. A vista do topo é espetacular, Machu Picchu tem o formato de um condor, o entorno do local é maravilhoso. Na volta há duas opções, voltar pelo caminho já feito ou contornar a montanha, optamos pelo segundo. Haviam nos dito que em 1:30h cumpriríamos o percurso, mentira! No total, ida e volta, fizemos em cinco horas de caminhada e parecia que os degraus de subida e descida não tinham mais fim. Estivemos acompanhados por brasileiros e por um neozelandês, companhias muito agradáveis.











À tarde descansamos um pouco em uma das terraças, sempre de olho em Machu Picchu e no fim do dia fizemos mais uma trilha até a “Puente de Inca”. Nos caminhos estreitos havia Ilhamas e tínhamos que aproveitar as partes mais largas para passar pelos animais. Saímos do local um pouco antes da 17 horas, horário do fechamento dos portões.





A montanha onde está implantado Macchu Picchu apresenta deformações e o pavimento foi revestido com argila e cal para evitar a infiltração de água no maciço e algumas obras de reforço estão em execução. Por este motivo não é possível restaurar o local, evitando assim o aumento de peso no local.



Depois fomos até as Termas de Águas Calientes, um verdadeiro “piscinão de Ramos”. O nosso objetivo era relaxar e pegar o trem de banho tomado, mas não sei se não nos sujamos mais. As 21:45h pegamos o trem de volta e às 2 horas da manhã estávamos no hotel, num total de 5 horas de viagem (trem+van+ônibus), bem cansativo. Além disso, para ir à Machu Picchu, os custos são enormes, tudo em dólar e inflacionado pelo monopólio do trem e ônibus na cidade de Águas Calientes, únicos veículos do local.

No dia 28 saímos de Cusco e dormimos na cidade de Abancay, a menos da metade da distância até a cidade de Nazca.

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sábado, 22 de maio de 2010

Dia 19, 20, 21 e 22/05/10 – Puno, Chivay e Arequipa – Sarcófagos Sillustani e Cañon del Colca

Pela manhã do dia 19 ficamos no centro de Puno e a tarde fomos ao Sarcófago de Sillustani, que são sarcófagos utilizados pelos Collas e Incas para sepultar as pessoas mais importantes e seus familiares. Os Collas construíam sarcófagos com pedras empilhadas em forma circular, eram enterrados em posição fetal com todos os bens e algumas comidas, pois acreditavam na reencarnação. Já os Incas tinham melhor acabamento com pedras moldadas e polidas no formato circular. Também visitamos a casa de uma família de Aymaras, conhecendo um pouco de seus costumes, a casa por dentro e as comidas típicas deste povo.













Para conhecer o Cañon del Colca fomos para Chivay. Acordamos bem cedo no dia 21 para ver os condores que voam em torno das 7:30h da manhã. Percorremos o “cañon” com paredões de pedra de até 4.000m de altura e terraças de plantações acompanhando as encostas. Chegamos bem cedo para não perder o vôo dos condores, mas infelizmente o dia estava fechado, com chuva, não sendo uma condição boa para os condores voarem. Os vôos geralmente acontecem em dias ensolarados com um pouco de vento para formar térmicas. Esperamos até as 10:30h, mas como os bichos não quiseram sair da toca e o tempo só piorava, resolvemos ir embora para Arequipa.









Chegamos em Arequipa no meio da tarde, uma cidade um pouco mais tranqüila que as demais cidades do Peru e Bolívia que havíamos passado, com Praça de Armas, Catedral e calçadão muito agradáveis para passear. No dia seguinte fizemos “city tour” pela cidade e arredores. A cidade é rodeada por três vulcões: Misti, Chachani e Pichu Pichu.








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