segunda-feira, 10 de maio de 2010

Dias 07, 08, 09 e 10/05/10 – Potosi, Sucre e Cochabamba

No dia 07 pela manhã conhecemos a Casa da Moeda em Potosi. Hoje transformada em um museu, a apresentação é feita por um guia local, mostrando as instalações do prédio e os ferramentais utilizados na produção das moedas de prata, desde a época colonial até os dias atuais. De 1575 a 1773 as moedas eram cunhadas manualmente com 95% de prata, sendo muito maleáveis. De 1773 a 1869 as moedas eram fabricadas por uma prensa manual, com 45% de prata. Daí em diante utilizou-se prensas hidráulicas e elétricas com 25% de prata. Hoje em dia, com o declínio da produção de prata, do Cerro Rico, a produção das moedas bolivianas é realizada fora da Bolívia.











Conhecemos um acervo de quadros religiosos pintados a óleo na época colonial, com grande riqueza de detalhes. Alguns quadros foram pintados por índios e como não sabiam escrever, permaneceram anônimos. Também, compõe o acervo do museu uma tela pintada a óleo do século XV que resume a história de Potosi, uma obra lindíssima!



Foi descoberto por um Americano metade do naufrágio de um navio com moedas de prata, cujo valor supera a divida externa boliviana, que permaneceram de posse dos Estados Unidos e somente algumas moedas foram enviadas à Bolivia para incorporar as peças do museu.



Potosi nasceu devido à extração da prata no Cerro Rico que fica atrás da cidade. Foi a cidade mais rica do mundo no período colonial, com população de 100.000 habitantes, superando a população de Londres da época, de 60.000 habitantes. Potosi produzia moedas em prata para o mundo todo. Visitamos de carro o Cerro Rico, mas não entramos nas minas.





No centro estava tendo um desfile de fanfarra do Colégio Pichincha, em comemoração a seu aniversário. À tarde os demais colégios da região se uniram no desfile. As ruas estavam repletas de pessoas para assistir ao evento. Após o almoço saímos para Sucre.



No dia 08 percorremos os circuitos turísticos a pé no centro de Sucre, passando pelo Palácio do Governo, onde hoje funciona a Prefeitura. Passamos também pelo Palácio da Justiça, Teatro Municipal, Catedral, praças e Parque Bolívar. Visitamos o Museu de Etnologia Indígena e a Casa da Libertad fundada pelos jesuítas como monastério e posteriormente utilizada pelo senado, universidade e hoje é sede do Museu da Independência. Neste local foi declarada a independência do Alto Perú, que após algumas guerras perdidas foi diminuindo de tamanho, tornando-se Bolívar, em homenagem ao proclamador da independência e primeiro presidente Simon Bolívar, um venezuelano. Da mesma forma que Colombo virou Colômbia, o congresso boliviano decretou que mudaria de Bolívar para Bolívia.
Aprendemos na Casa da Liberdade que as cholas vestem-se assim devido à influência espanhola no século XVI. Permanece ainda hoje, como traje típico, similar à bombacha no Rio Grande do Sul.
Sucre é uma cidade histórica com construções antigas, muito imponentes, feitas pelos espanhóis. Potosi, por estar a 3.650m de altitude e ter clima árido e frio, a maior parte da riqueza gerada pela extração da prata ia para Sucre, por ser uma cidade com clima mais agradável para se viver. A cidade teve grande influência Jesuítica. As construções em grande parte seguem o estilo utilizado pelos jesuítas no período colonial, com pátio no meio dos prédios.









No dia 09 fomos para Cochabamba, percorremos 360 km em 6 horas, dos quais 60 km de terra, 60 km de pedra e demais em asfalto, num caminho totalmente sinuoso, poderia ser chamada estrada da morte. Este caminho, com certeza, não é percorrido por turistas, parecíamos ETs em cada povoado que passávamos. A pobreza é muito grande e o transporte do povoado local é feito no estilo bóia-fria, segurança zero.





No dia 10 passeamos por Cochabamba, chamada de cidade Jardim. Não achamos isto, apesar dos arredores apresentarem mais vegetação devido às áreas cultivadas. Também, nos guias está escrito que quem chega de avião por Cochabamba não imagina a pobreza que tem no restante do país, discordamos disto. A pobreza é grande em toda a Bolívia, há muitas senhoras vestidas do traje típico (cholas) pedindo esmola nas ruas, não se vê homens pedindo esmola, é uma sociedade muito injusta com as mulheres. As mulheres que estão trabalhando levam os filhos pendurados em panos sobre os seus ombros, de qualquer maneira, pedindo esmola ou trabalhando, a vida é muito dura para as bolivianas.
Pela manhã passeamos pelas praças da cidade e a tarde fizemos um “city tour” com um ônibus turístico passando pelos pontos mais interessantes da cidade.









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